E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve (1 Jo 5.14).
Uma propaganda comercial na T.V. que assisti há pouco tempo, oferecia um suplemento de vitaminas, sais e minerais que traria, a quem o tomasse, vigor, vitalidade, disposição e vontade para enfrentar as situações de maior esforço no dia a dia. Para reforçar os efeitos benéficos do produto, apareceu, na propaganda, alguém que usou produto dando o seu testemunho, dizendo que com ele havia acontecido tudo o que foi prometido e mais, sem que ele precisasse alterar em nada sua dieta alimentar, de modo que continuou comendo tudo o que mais gostava e quis comer.
Ora, é de conhecimento que, com algumas exceções, para maioria absoluta das pessoas basta uma boa alimentação para se ter todos os nutrientes que precisam diariamente serem supridos. Sabe-se também que boa alimentação significa comer o que nem sempre se gosta ou deixar de comer o que às vezes se aprecia muito. Além da boa alimentação, é fundamental a prática regular de exercícios físicos, que, para serem praticados, requer abandonar algumas horas da semana aquele sofá ou colchão de casa tão confortáveis.
Um produto, como desta propaganda, que pudesse trazer tantos benefícios sem que nenhuma alteração nos hábitos alimentares e sedentários da vida fosse necessária, poderia ser rotulado como milagroso. Será?
Afinal o que é um milagre?
Temos a idéia de que milagre é uma solução rápida, fácil, gratuita e indolor para os problemas. Em muitos casos, é esta espécie de milagre que buscamos das coisas e até de Deus. Mas será que é desta forma que Deus, o Todo-Poderoso, age sempre ao realizar milagres?
Para encurtar a questão, basta apenas refletir sobre o texto bíblico inicial. Ali há uma promessa maravilhosa de que Deus, o ser supremo, atende nossos pedidos, e como sabemos que para ele não há limitações, entendemos que, se necessário, a resposta a nossas orações podem incluir milagres.
Mas observe que há um condicional neste versículo: a vontade de Deus. Significa que pedir segundo a vontade de Deus requer que, não só a compreendamos, mas também que a busquemos e vivamos segundo ela.
Assim sendo, podemos afirmar que Deus não é um milagreiro, nem faz milagres gratuitos, sem que a realização dos milagres estejam verdadeiramente vinculados à pessoas que estão buscando e trabalhando pela realização dos mesmos.
Pr. Alexandre Gaona
Pastor da Igreja Presbiteriana Bela Jerusalém, em Ribeirão Preto.
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