Quer ficar rico? Se este é o desejo, então dois caminhos são oferecidos pela sociedade atual:
1º) Pelos diversos tipos de jogos existentes (loterias, sorteios, e a participação num dos atuais reality shows).
2º) Pelo trabalho.
Vejamos algumas considerações:
Em se tratando de jogos, além das possibilidades de se ganhar e se tornar rico ser muito, mas muito reduzidas, quase nenhuma, entramos num campo minado, isto é, perigoso, uma vez que a maioria das reflexões éticas sobre esses eventos são contrárias à participação do cristão neles.
E sobre o trabalho, bem, trabalhar é bíblico. Não há portanto uma reflexão ética que o condene, antes ela o confirma como prática necessária e boa ao cristão. Mas há uma informação a respeito do trabalho que é preciso considerar.
Nossa sociedade está estruturada de tal forma e fundamentada de tal maneira em determinados modelos político-econômicos que, quando se considera o trabalho como um possível caminho para a riqueza, não se trata daquele modelo até alguns anos atrás existente, o de dividir o dia em três períodos de oito horas: oito horas para dormir; oito horas para descansar, ter convívio com a família e amigos, dedicação à igreja e à comunidade no exercício da cidadania; e, finalmente, oito horas para trabalhar.
Vivemos num tempo de tão poucas oportunidades e tanta competitividade que só encontra seu espaço no mercado de trabalho e só consegue usufruir um pouco do modelo econômico vigente quem dedicar, não 100, mas 150% do seu tempo ao trabalho (incluído aquisição de conhecimento e experiência necessários à execução do mesmo).
Quem não dá tudo o que tem e um pouco mais na dedicação ao trabalho e no seu aperfeiçoamento profissional não consegue se manter como forte concorrente às poucas oportunidades do mercado e está fadado à marginalização profissional.
Começamos a falar de ficar rico, mas para a maioria dos brasileiros, trabalhar muito é questão de sobrevivência. E se o desejo for além da sobrevivência, for o de ganhar bem, achar o caminho do bom retorno financeiro, então, em geral, essa dedicação deve ser extrema.
Não quero, por meio deste artigo, tirar o incentivo, de quem quer que seja, de dedicação à sua carreira profissional. Até porque sabemos que isto é algo de certa forma obrigatório. Minha intenção é apenas chamar a atenção para um fato: Se não podemos deixar de dormir o necessário para o descanso do nosso corpo e mente; se temos que aumentar o tempo dedicado à nossa atividade profissional; e se o dia continua ainda a ter 24 horas e a semana 7 dias; o que é que deixa de ser feito e ter espaço na nossa agenda diária ou semanal? Dedicação, atenção e cuidado com a família, os amigos, o próximo e a igreja.
Perguntas simples como: “Quando foi a última vez que você visitou algum amigo ou irmão doente ou que fez aniversário” pode ser uma pergunta reveladora de como está nosso tempo. “Quantas vezes você vai à igreja por mês?” “Quantos minutos por dia você dedica à leitura da Bíblia e à oração?” “Quantas vezes você, nos últimos 12 meses, teve tempo para ajudar o próximo, estar na casa de alguém para ajudá-lo, ou estar na escola do filho ou alguma associação de cidadania?” “O mandamento divino que fala seis dias trabalharás mas o sétimo será “shabbat” (descanso), e dia solene ao Senhor, tem sido cumprido?”
Família e cidadania são, não só importantes, como também essenciais à nossa vida e merecem a nossa dedicação e atenção. O mesmo vale para nossa piedade. O tempo é pouco e está escasso, é verdade. Mas precisamos ter o devido cuidado de entender que o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho. Da mesma forma o dinheiro é para o homem e não o homem para o dinheiro.
Precisamos do trabalho como precisamos do dinheiro, mas não podemos conquistá-los à custa de sacrificar elementos essenciais à vida como família, cidadania e piedade. Jesus nos ensinou em Lc 10:2 “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Onde estão os trabalhadores que estão faltando? Ocupados...com o trabalho! Mas não com a seara do Reino de Deus, porém com a seara do mercado... de trabalho.
Esta é uma grande dificuldade que todos nós enfrentamos. Convido, pois, todos a orar pedindo que Deus nos auxilie com sabedoria e disciplina e, da mesma forma, convido todos a agir na dedicação, no compromisso e no tempo para as coisas próprias de quem é um cidadão do reino de Deus como família, cidadania, o próximo, igreja e Deus.
Pastor Alexandre Gaona
1º) Pelos diversos tipos de jogos existentes (loterias, sorteios, e a participação num dos atuais reality shows).
2º) Pelo trabalho.
Vejamos algumas considerações:
Em se tratando de jogos, além das possibilidades de se ganhar e se tornar rico ser muito, mas muito reduzidas, quase nenhuma, entramos num campo minado, isto é, perigoso, uma vez que a maioria das reflexões éticas sobre esses eventos são contrárias à participação do cristão neles.
E sobre o trabalho, bem, trabalhar é bíblico. Não há portanto uma reflexão ética que o condene, antes ela o confirma como prática necessária e boa ao cristão. Mas há uma informação a respeito do trabalho que é preciso considerar.
Nossa sociedade está estruturada de tal forma e fundamentada de tal maneira em determinados modelos político-econômicos que, quando se considera o trabalho como um possível caminho para a riqueza, não se trata daquele modelo até alguns anos atrás existente, o de dividir o dia em três períodos de oito horas: oito horas para dormir; oito horas para descansar, ter convívio com a família e amigos, dedicação à igreja e à comunidade no exercício da cidadania; e, finalmente, oito horas para trabalhar.
Vivemos num tempo de tão poucas oportunidades e tanta competitividade que só encontra seu espaço no mercado de trabalho e só consegue usufruir um pouco do modelo econômico vigente quem dedicar, não 100, mas 150% do seu tempo ao trabalho (incluído aquisição de conhecimento e experiência necessários à execução do mesmo).
Quem não dá tudo o que tem e um pouco mais na dedicação ao trabalho e no seu aperfeiçoamento profissional não consegue se manter como forte concorrente às poucas oportunidades do mercado e está fadado à marginalização profissional.
Começamos a falar de ficar rico, mas para a maioria dos brasileiros, trabalhar muito é questão de sobrevivência. E se o desejo for além da sobrevivência, for o de ganhar bem, achar o caminho do bom retorno financeiro, então, em geral, essa dedicação deve ser extrema.
Não quero, por meio deste artigo, tirar o incentivo, de quem quer que seja, de dedicação à sua carreira profissional. Até porque sabemos que isto é algo de certa forma obrigatório. Minha intenção é apenas chamar a atenção para um fato: Se não podemos deixar de dormir o necessário para o descanso do nosso corpo e mente; se temos que aumentar o tempo dedicado à nossa atividade profissional; e se o dia continua ainda a ter 24 horas e a semana 7 dias; o que é que deixa de ser feito e ter espaço na nossa agenda diária ou semanal? Dedicação, atenção e cuidado com a família, os amigos, o próximo e a igreja.
Perguntas simples como: “Quando foi a última vez que você visitou algum amigo ou irmão doente ou que fez aniversário” pode ser uma pergunta reveladora de como está nosso tempo. “Quantas vezes você vai à igreja por mês?” “Quantos minutos por dia você dedica à leitura da Bíblia e à oração?” “Quantas vezes você, nos últimos 12 meses, teve tempo para ajudar o próximo, estar na casa de alguém para ajudá-lo, ou estar na escola do filho ou alguma associação de cidadania?” “O mandamento divino que fala seis dias trabalharás mas o sétimo será “shabbat” (descanso), e dia solene ao Senhor, tem sido cumprido?”
Família e cidadania são, não só importantes, como também essenciais à nossa vida e merecem a nossa dedicação e atenção. O mesmo vale para nossa piedade. O tempo é pouco e está escasso, é verdade. Mas precisamos ter o devido cuidado de entender que o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho. Da mesma forma o dinheiro é para o homem e não o homem para o dinheiro.
Precisamos do trabalho como precisamos do dinheiro, mas não podemos conquistá-los à custa de sacrificar elementos essenciais à vida como família, cidadania e piedade. Jesus nos ensinou em Lc 10:2 “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Onde estão os trabalhadores que estão faltando? Ocupados...com o trabalho! Mas não com a seara do Reino de Deus, porém com a seara do mercado... de trabalho.
Esta é uma grande dificuldade que todos nós enfrentamos. Convido, pois, todos a orar pedindo que Deus nos auxilie com sabedoria e disciplina e, da mesma forma, convido todos a agir na dedicação, no compromisso e no tempo para as coisas próprias de quem é um cidadão do reino de Deus como família, cidadania, o próximo, igreja e Deus.
Pastor Alexandre Gaona
Pastor Presbiteriano
IPB BELA JERUSALEM
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