Jesus Cristo disse que veio para que tivéssemos vida, e a tivéssemos abundantemente (João 10.10). Nosso Senhor não falava de regalias e riquezas aqui e agora. Ele falava de vida eterna.
O que é vida eterna? Deixemos que o próprio Jesus responda: “Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3 – NVI). Conhecer a Jesus (ou seja, crer nele para a salvação – João 3.15-16) é iniciar, aqui e agora, uma longa e deleitosa caminhada de vida abundante, que terminará no céu, quando levaremos toda a eternidade para dela desfrutarmos. Esse é o caminho do discipulado.
A vida eterna é de graça, mas o discipulado cristão, que nos leva à vida eterna, custará a nossa vida. Nós perdemos a nossa vida a fim de ganharmos a vida plena em Jesus: “Então Jesus disse aos seus discípulos: ‘Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mateus 16.24-26 – NVI).
Aprendemos com Jesus Cristo que, conquanto a vida eterna seja abundantemente deleitosa, ela não é nada fácil. O desafio de seguir a Jesus é o mais exigente e custoso da vida. Seguir e servir a Jesus requer tudo o que somos e temos – não é um custo parcial.
Essa é a exigência radical do discipulado. Esse é o padrão de vida que Jesus claramente estabeleceu para os seus discípulos (veja Lucas 9.57-62). Mas com freqüência vemos as pessoas minimizando as exigências do evangelho. O povo constantemente distorce a Palavra de Deus na tentativa de que o evangelho não invada as suas vidas materialistas.
Não é de admirar que Jesus falasse tão enfaticamente. Essas são palavras duras, mas aí estão para nos confrontar e nos chamar para algo mais. Jesus disse: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus” (Lucas 9.62 – NVI). Jesus nos chama para uma vida em que devemos olhar à frente, e não olhar para trás. O que isso significa, exatamente?
Penso que Jesus está nos ensinando que uma vez nos caminho do discipulado, a nossa vida não mais é definida pelo passado; pelo que um dia abandonamos; pelo que um dia abrimos mão; pelo que poderíamos ter ganhado se não nos tivéssemos colocado no caminho da cruz. Jesus deixa claro que o discipulado que olha à frente exige o abandono da nossa necessidade de garantias, auto-segurança, e também inclui prioridades que glorifiquem a Deus e abençoem aos que nos cercam.
Na cultura de hoje, nós fizemos dos prazeres dessa vida um ídolo. Mas, segundo Jesus, o discípulo é chamado para abandonar o que for. Ele é chamado para manter os seus olhos fixos em Jesus. Ele não pode olhar para trás.
Realmente, o chamado que Jesus nos faz é exigente e custoso. Não se esqueça, porém, que ele é também extremamente valioso. O chamado de Jesus vale muito mais do que qualquer coisa que este mundo tenha a nos oferecer: vida abundante. Não olhe para trás.
Seu Pastor e amigo,
Pastor Lincohn Vieira
Pastor Presbiteriano
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